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Foto: Renan Mattos (Diário)
O furto de tampas da Corsan em Santa Maria vem se concentrando nos últimos dias no bairro Patronato, por coincidência, perto da sede da coordenadoria da estatal. Nos últimos 10 dias, 15 tampas foram tiradas da cidade, 90% delas no Patronato. A empresa informou que está trabalhando junto com a Polícia Civil nas investigações para identificar os autores dos roubos.
Além do Patronato, as tampas também foram roubadas na Rua dos Andradas, perto do Regimento Mallet. Conforme o superintendente regional da Corsan, José Epstein, nem todas as tampas são da rede de esgoto cloacal. Algumas pertencem a empresas de telefonia, e outras são de drenagem pluvial.
Os moradores do Patronato, por meio da Associação dos Moradores do Conjunto Residencial Padre Caetano, estão colaborando com as investigações, fazendo o boletim de ocorrência e esperando a reposição, como na Rua das Violetas. Na Rua das Magnólias, a solução feita pelo morador Osiris Braga, médico veterinário, 68 anos, foi "bancar" a solda na tampa em frente a sua casa.
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- Foram 10 pontos de solda para fixá-la e impedir que levem - disse ele ao Diário.
Na sexta-feira, a companhia colocou uma nova tampa na Rua dos Cravos, que havia sido furtada recentemente. Para evitar os roubos, a empresa informa que está substituindo as tampas tradicionais por outras com travas articuladas. Foi o que aconteceu na sexta, na Rua dos Cravos.
Tanto o superintendente da estatal, José Epstein, como o presidente da associação dos moradores, o militar reformado Gilberto Gonçalves, 76 anos, alertam para os riscos de acidentes em função dos buracos que ficam nas ruas pela retirada das tampas.
- Como acontece durante a madrugada, as ruas amanhecem já com o buraco e pode quebrar a roda de um veículo ou causar uma lesão a motociclistas - diz Epstein.
- Ficamos preocupados com a integridade física de entregadores, os motoboys, especialmente à noite - fala Gonçalves.
No Patronato, é comum colocarem cones e galhos de árvores para sinalizar o perigo iminente.
O motorista Odimar Baggio, 59 anos, construtor autônomo, relata que transita seguidamente pelo bairro. Mas, felizmente, nunca caiu num desses buracos, e espera por uma solução para evitar esse desgosto:
- É ruim para quem dirige por aqui. Passo quase sempre por aqui, tenho alguns clientes nas proximidades, é uma pena.
A Polícia Civil investiga esses fatos e espera elucidar o mais breve possível.
O QUE DIZ A CORSAN
O superintendente regional da Corsan, José Epstein, informa que a estatal vem acompanhando de perto esta questão e que espera, para breve, dar uma resposta à comunidade sobre os furtos. Ele aponta que a companhia foi atrás de imagens de videomonitoramento para ajudar nas investigações. O novo modelo das tampas tem trava articulada e a laje que a acompanha. Com o serviço de recomposição do pavimento e a a mão de obra, cada instalação de uma nova tampa tem um custo de aproximadamente R$ 11 mil, conforme a superintendência